Empresas comprometidas com a sustentabilidade e responsabilidade social corporativa estão conscientes do movimento crescente que reconhece a importância dos pilares ESG (Ambientais, Sociais e de Governança). Nesse contexto, torna-se essencial compreender o papel do ESG no combate à discriminação racial, uma realidade que infelizmente ainda é frequente na sociedade e nas organizações.
Assim como a persistente desigualdade de gênero, a discriminação racial representa um desafio social contínuo que continua a exercer um impacto significativo. É crucial direcionar atenção prioritária a essa questão quando as empresas estabelecem compromissos e metas relacionadas ao pilar social. Ao reconhecer a necessidade de alinhamento dos pilares ESG, é imperativo abordar o conceito de Racismo Ambiental, introduzido na década de 80 por Benjamin Franklin Chavis Jr., nos Estados Unidos.
O Racismo Ambiental é a interseção entre o racismo e as disparidades ambientais, visto que a população mais vitimada pela degradação ambiental, a que sofre um maior impacto por conta da falta de investimento em saneamento básico, despejo de resíduos nocivos à saúde e outros impactos ambientais nocivos, é a população negra (Pestana, 2023).
Dado que o ESG abrange práticas ambientais, sociais e de governança, é crucial abordar o impacto que o acesso aos recursos ambientais exerce sobre as desigualdades sociais e, especialmente, raciais. Visto que as organizações são as transformadoras das realidades sociais, destaca-se a importância da governança na promoção de práticas que eliminem tais disparidades, fomentando um ambiente mais inclusivo e equitativo para todos.
A necessidade de explorar os princípios do ESG para promover redução de desigualdades no ambiente empresarial é comprovada ao observarmos pesquisas sobre o ambiente organizacional. Dados do IBGE, divulgados no final de 2023, mostra que pessoas brancas têm uma média salarial 64% superior a de pretos ou pardos, embora estes últimos constituam a maioria da população brasileira. Além disso, o relatório do Dieese revela que somente 2% dos trabalhadores negros ocupam cargos de direção ou gerência. Essas estatísticas evidenciam de forma alarmante a persistência da disparidade racial no mercado de trabalho brasileiro.
Promovendo o Combate à Discriminação Racial através do ESG
Nos últimos anos, empresas demonstraram compromisso com a pauta de erradicar o racismo e definiram metas de diversidade, alinhadas ao Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 10 da ONU, objetivando o desenvolvimento de lideranças em grupos minoritários. Grandes indústrias também tendem a desenvolver políticas que exigem responsabilidade social dos seus fornecedores, aumentando assim o alcance das ações que contribuem para a equidade racial e ampliando suas metas no âmbito social.
As empresas estão reconhecendo a importância de promover a diversidade e a inclusão como um impulsionador de desempenho, pois na prática resulta na contratação e retenção de novos talentos. Além disso, a promoção do respeito e da igualdade contribui para o bem-estar dos colaboradores e estudos estimam que equipes diversas são mais inovadoras, criativas e resilientes.
ESG e o Combate à Discriminação Racial na Prática
Algumas medidas que podem contribuir no combate à discriminação dentro das empresas:
1. Implementar políticas de diversidade e inclusão que visem a equidade racial em todos os níveis, do recrutamento até o desenvolvimento e a promoção de funcionários;
2. Oportunizar momentos para troca de experiências, debates e aprendizado sobre o combate ao racismo entre os colaboradores, visando criar uma cultura organizacional mais inclusiva e consciente;
3. Estabelecer parcerias com organizações e iniciativas da sociedade civil que trabalham na promoção da igualdade racial, apoiando e participando ativamente de projetos e campanhas;
4. Incorporar critérios de diversidade e inclusão nas práticas de contratação e seleção de fornecedores, garantindo que os parceiros comerciais também estejam comprometidos com a equidade racial;
5. Monitorar e relatar regularmente o progresso em relação aos objetivos de diversidade e inclusão, garantindo transparência e prestação de contas aos stakeholders.
Consultoria em ESG e o Combate à Discriminação Racial
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