O mês de abril foi marcado por anúncios significativos e dados alarmantes que reforçam a importância da sustentabilidade como pauta estratégica para governos e empresas. De investimentos bilionários à resistência do setor privado em adotar práticas ESG, as notícias revelam tanto avanços quanto desafios no caminho rumo a uma economia de baixo carbono.
Confira os destaques do mês:
França investe R$ 22 bilhões na indústria de hidrogênio de baixo carbono
Em mais um passo rumo à descarbonização da sua economia, o governo francês anunciou um robusto pacote de investimentos de aproximadamente R$ 22 bilhões para fomentar a indústria nacional de hidrogênio de baixo carbono. A estratégia inclui a instalação de polos industriais especializados, programas de capacitação profissional e metas de produção ambiciosas até 2035. Com isso, a França consolida sua posição como um dos principais protagonistas na transição energética global e reafirma o papel do hidrogênio como vetor estratégico para setores intensivos em carbono.
Brasil movimenta mais de R$ 190 bilhões em transição energética
Segundo dados recém-divulgados, o Brasil já atraiu R$ 190,55 bilhões em investimentos voltados à transição energética em 2024. O número expressivo comprova o interesse crescente por fontes renováveis e soluções sustentáveis no país. Entretanto, entraves como instabilidades regulatórias, barreiras cambiais e insegurança jurídica ainda limitam o avanço mais acelerado do setor. O momento exige ações coordenadas para estruturar projetos de longo prazo e consolidar o Brasil como potência verde.
Mudanças climáticas já impactam 64,5% das empresas paulistas
Um estudo recente revelou que 64,5% das empresas de São Paulo já sofreram impactos operacionais e financeiros decorrentes das mudanças climáticas. Apesar disso, 58% das organizações ainda não adotam práticas sustentáveis em sua gestão. O dado expõe uma lacuna preocupante entre a percepção de risco e a implementação de estratégias ESG. Em um cenário de eventos extremos cada vez mais frequentes, adaptar-se não é mais uma opção é uma questão de sobrevivência corporativa.
Conclusão
As notícias de abril reforçam uma mensagem clara: o mundo está em movimento rumo à sustentabilidade, mas o ritmo ainda precisa ser acelerado. Enquanto alguns países e setores avançam com investimentos robustos e políticas de transição, muitos ainda permanecem vulneráveis aos riscos das mudanças climáticas e à falta de preparo. O desafio agora é transformar intenção em ação, fortalecendo políticas públicas, engajando o setor privado e integrando a sustentabilidade ao centro das decisões estratégicas. A Ecovalor segue atenta a esse cenário em constante transformação, acompanhando de perto as principais movimentações e apoiando empresas na construção de um futuro mais resiliente e sustentável.