Na última quinta-feira, 13, o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) apresentou na sede do Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC), em Novo Hamburgo/RS, o Programa de Certificação do Couro Brasileiro com Ênfase em Sustentabilidade. O objetivo é reconhecer as empresas do setor curtidor com as melhores práticas dentro dos três pilares da sustentabilidade: ambiental, econômico e social.
O presidente executivo do CICB, José Fernando Bello, e o professor Álvaro Flores detalharam a dinâmica do programa e as próximas etapas para as mais de 60 pessoas que participaram da atividade – entre empresários de curtumes, calçadistas, indústria química, profissionais ligados ao meio acadêmico, associações e órgãos do governo. Segundo Álvaro, o modelo proposto para o programa contempla princípios, critérios e indicadores. “Os princípios constituem a referência para a produção sustentável de couros, em cada um dos pilares: econômico, ambiental e social. Os princípios de cada pilar são desdobrados em critérios, que são a expressão dos requisitos que descreve as práticas sustentáveis para a produção de couros. A verificação do cumprimento de cada critério é estabelecida mediante a avaliação do atendimento de um conjunto de indicadores específicos, que podem ser quantitativos ou qualitativos”, destacou.
Rosaura Morais, diretoria da qualidade do Inmetro, ressaltou a necessidade da criação de critérios confiáveis, pois existe no mercado muita abrangência sobre o termo sustentabilidade. “O papel do Inmetro é garantir o reconhecimento internacional desta certificação, que será realizada através de métodos transparentes e sólidos”, esclareceu. O consultor Álvaro Flores considerou que hoje a sustentabilidade ainda é um diferencial, mas no futuro será uma condição básica para se continuar no mercado, assim como ocorreu com a qualidade. “Existem grandes oportunidades para o setor coureiro através deste programa de certificação”, instigou.
A reunião desta quinta teve também a assinatura do termo de adesão à Comissão de Estudos que será instalada no âmbito da ABNT, por meio do CB-11 (o Comitê Brasileiro de Couro e Calçados). Esta comissão, chamada ABNT/CEE-208 – Comissão de Estudo Especial de Processos de Produção de Couros – Sustentabilidade, reúne, de forma voluntária, interessados em contribuir na construção do programa.
Fonte: Exclusivo (http://goo.gl/q2vIK)