A Google anunciou nesta última quarta-feira (4) que adquiriu energia renovável para compensar 100% do uso energético da empresa. Mas isso significa que a ela utiliza somente energia renovável? Não.
Tal qual empresas que compram pontos de carbono, a compensação energética apresentada pela Google é representada pelo investimento em modelos sustentáveis para cada parcela de energia não renovável utilizada pela gigante.
“Ao longo de 2017, em todo o mundo, para cada quilowatt-hora de eletricidade que consumimos, compramos um quilowatt-hora de energia renovável de um parque eólico ou solar construído especificamente para o Google. Isso nos torna a primeira nuvem pública, e companhia do nosso tamanho, a ter alcançado esse feito ”, escreveu Urz Hölzle, vice-presidente para estruturas técnicas do Google em post oficial.
Ao todo, de acordo com Hölzle, a empresa investiu mais de 3 bilhões de dólares em energia renovável durante o ano. Em 2016, a empresa já tinha 57% do pagamento de seus déficits energéticos renováveis em todo mundo. “Nesse mesmo ano, assinamos um número recorde de novos contratos para empreendimentos eólicos e solares que ainda estavam em construção. Esses projetos começaram a operar em 2017 – e essa produção adicional de energia renovável foi suficiente para cobrir mais de 100% do que usamos durante todo o ano”, explica na nota.
A empresa agora afirma que a construção de novos data centers e escritórios serão feitas a partir da perspectiva de uso de energia renovável. Contudo, ao passo em que há regiões nas quais não há oferta deste tipo de energia, a empresa se compromete em colaborar com o fomento do mercado.
“Queremos chegar a um ponto em que as energias renováveis e outras fontes de energia livres de carbono realmente impulsionem nossas operações a cada hora de cada dia. Será necessária uma combinação de estruturas de tecnologia, política e novos negócios para chegar lá, mas estamos animados com o desafio”, acredita Hölzle.
Atualmente, a Google é a principal empresa em termos de compra de energia renovável no mundo, seguida de Amazon, Microsoft e Apple.
Fonte: Canal Tech (goo.gl/Rwkuht)