Maior banco privado do país, com 15 milhões de correntistas, o Itaú vem somando boas práticas que o tornam um líder entre as instituições financeiras
Setubal: “Entendemos que devemos estender nossa ação para além do nosso negócio”
Em 2004, o banco foi o primeiro a aderir voluntariamente a um conjunto de regras socioambientais para concessão de créditos, criadas pelo IFC, braço financeiro do Banco Mundial. Seguindo esses princípios, em 2012, o Itaú negou crédito para a construção da hidrelétrica de Belo Monte e para cerca 90 companhias que também foram reprovadas no seu crivo socioambiental.
Dentro da empresa, a gestão da sustentabilidade tem se traduzido, cada vez mais, em governança, onde cada funcionário, não importa de que nível, está aprendendo a desempenhar com mais responsabilidade seu papel nessa jornada. A ideia é levar a sustentabilidade para o centro da estratégia.
Para ajudar nesse processo, o Itaú Unibanco mantém um comitê de sustentabilidade formado por 20 executivos que discutem soluções para problemas (como melhorar o atendimento dos vendedores para atender ao público, por exemplo) e também propõem ações diferenciais, como criar um programa de aluguel de bicicletas nas cidades.
“A sustentabilidade tem que ser boa para nós e para nossos clientes. Nós entendemos que temos que estender nossa ação para muito além daquilo que é o nosso negócio”, disse o presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, ao receber o prêmio.
Em seu discurso, Setúbal destacou algumas iniciativas mantidas pelo banco. “Temos um instituto cultural que promove a arte brasileira em especial. Temos programas sociais bastante focados na educação. Acreditamos muito no programa das bikes, como uma forma de melhorar a mobilidade urbana. Tudo aquilo que fazemos envolve de várias formas um reconhecimento de como podemos melhorar nossa relação com as pessoas, com a sociedade”, sublinhou.
Empresas que olham para o futuro
As empresas mais sustentáveis do ano foram premiadas na noite desta quarta-feira, em São Paulo, em cerimônia na Fundação Maria Luisa e Oscar Americano.
Durante o evento, a diretora superintendente da Unidade EXAME da Editora Abril, Cláudia Vassallo, destacou que o termo sustentabilidade vem sendo usado com muita leviandade ultimamente e que, em muitos casos, passa bem longe da ideia fundamental de olhar o hoje com atenção nos efeitos futuros para as próximas gerações.
“As empresas que estão aqui hoje compartilham a crença de que o papel das empresas e dos líderes de negócios vai muito além do retorno aos acionistas, ou melhor, acreditam que podem alcançar esse retorno de forma sustentável”, disse. Cláudia afirmou que o Brasil já melhorou muito, mas que ainda há muito por fazer.
“O Brasil que queremos para nós e nossos filhos e netos é um pais onde qualquer criança possa prosperar com educação digna, onde a educação básica não é privilégio, onde crianças não precisem viver mergulhadas com o lixo até o pescoço para catar latinha em troca de alguns trocados”, afirmou, numa referência à foto do menino Paulo Henrique que foi destaque no jornal Folha de S. Paulo da última terça-feira.
Fonte: Exame (http://goo.gl/uh3DoR)