A subscrição de títulos e os empréstimos para financiamentos verdes foram as principais fontes de benefícios financeiros para os bancos em 2023, pelo segundo ano consecutivo. O retorno do financiamento verde gerou aproximadamente US$ 3 bilhões para os maiores bancos globais, superando o financiamento de combustíveis fósseis, que registrou menos de US$ 2,7 bilhões.
Segundo a Bloomberg, o ranking de dívida verde foi liderado por bancos europeus. A implementação de regulamentações mais rigorosas na Europa, visando incentivar o setor financeiro e acelerar a transição verde, foi crucial para impulsionar esses resultados.
O BNP Paribas, no topo da lista de instituições financeiras que mais arrecadaram com o financiamento verde em 2023, obteve US$ 130 milhões. Crédit Agricole e HSBC, respectivamente, acompanharam o ranking com aproximadamente US$ 95 milhões de faturamento cada.
Esses números reforçam a presença sólida dos bancos na promoção de projetos sustentáveis, alinhados com metas ambientais. Além de consolidar o sucesso financeiro das instituições no financiamento verde, o movimento reflete o crescente interesse e a demanda por investimentos relacionados à sustentabilidade.
No entanto, apesar do aumento na subscrição de projetos verdes, a indústria financeira ainda não atingiu a meta estabelecida pelo acordo climático de Paris. Segundo análise da Bloomberg, é ideal destinar quatro vezes mais capital para projetos verdes em comparação com projetos de combustíveis fósseis até 2030.
Ambientalistas chamam a atenção para a necessidade de acelerar ainda mais essa mudança, pois as emissões de dióxido de carbono provenientes da queima de combustíveis fósseis aumentaram em 1,1%, atingindo um novo recorde. Infelizmente, a estimativa é que o planeta ultrapasse o orçamento de carbono de 1,5ºC de aquecimento até o final desta década.
Mesmo com o crescimento significativo na atualização deste cenário, o desafio para os próximos anos permanece sendo realocar os investimentos com o objetivo de conter as mudanças climáticas e combater desastres ambientais.
No Brasil, a perspectiva também é crescer neste movimento com o aumento dos incentivos para empréstimos e financiamentos de projetos sustentáveis. Desde 2015 até julho de 2023, foram já emitidos U$ 33,5 bilhões de dólares em dívidas verdes. Ainda em novembro, o governo brasileiro emitiu um título verde para o mercado internacional, acompanhando o posicionamento aderido pelo país na COP28, que apontou o cuidado e a preocupação com o impacto ambiental, criando a expectativa da criação de regulamentações inspiradas no modelo europeu.
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