Um novo relatório sobre o lixo eletrônico descartado no mundo foi divulgado nesta quarta-feira (13) pela Universidade das Nações Unidas, parte da ONU, e a União Internacional de Telecomunicações. Foram 44,7 milhões de toneladas geradas em 2016 – um crescimento de 8% desde 2014.
Os equipamentos eletrônicos descartados – materiais com baterias, plugues, como televisões, paineis solares, celulares, computadores – pesam juntos cerca de nove grandes pirâmides Gizé ou, se preferir, 4,5 mil torres Eiffel. O lixo é suficiente para formar uma linha entre Nova York até Bangkok, ida e volta.
Até 2021, os especialistas preveem um aumento de 17% no descarte desses materiais, com 52,2 milhões de toneladas geradas. O “Global E-waste Monitor 2017”, relatório que divulga esses números, também diz que apenas apenas 20% dos resíduos eletrônicos de 2016 foram reciclados, mesmo que muitas vezes tenham metais recuperáveis e de alto valor, como ouro, prata, cobre, platina e paládio.
Cerca de 4% de todo esses materiais são conhecidos por serem jogados em aterros sanitários; 76% deles, ou 34,1 milhões de toneladas, provavelmente acabaram incinerados ou reciclados em operações informais, não necessariamente seguras, de acordo com o relatório.
Descarte por pessoa
O descarte per capita também apresenta uma tendência de crescimento.
Segundo o documento, a queda dos preços dos eletrônicos faz com que haja um consumo maior e, consequentemente, maior descarte dos dispositivos velhos.
Como resultado, o desperdício médio desses materiais por pessoa no mundo foi de 6,1 kg em 2016, um aumento de 5% em relação aos 5,8 kg de 2014.
Os países que mais geraram lixo eletrônico per capita foram a Austrália e a Nova Zelândia – cerca de 17 kg por habitantes. Taxa semelhante é vista em toda a Oceania.
A região da Europa, incluindo a Rússia, é a segunda maior geradora desses resíduos, com uma média de 16,6 kg por pessoa. As Américas geram 11,6 kg per capita, enquanto a Ásia tem um descarte de 4,2 kg. Os países da África são os que menos produz lixo eletrônico por habitantes, com 1,9 kg.
Fonte: G1 (goo.gl/9oaWzS)