SÃO PAULO – A B3 anunciou nesta semana a nova metodologia do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), o índice brasileiro que tem como objetivo indicar o desempenho médio das empresas bem posicionadas na agenda ESG (de melhores práticas sociais, ambientais e de governança).
Entre as principais mudanças estão a divulgação para o público investidor da nota geral que todas as empresas (inclusive as não selecionadas para a carteira teórica) recebem no cumprimento de cada um dos critérios de avaliação.
Além disso, para garantir que a pontuação obtida pelas melhores empresas também influencie a composição do ISE, as mudanças levarão as companhias com as notas mais altas a terem maior peso na composição do benchmark. Confira as principais mudanças, que entram em vigor em janeiro de 2022, aqui.
Em relatório publicado na noite de terça-feira (20), a XP destaca que a avaliação do ISE contará ainda com questionários avaliados pela RepRisk, uma companhia de ciência de dados ambientais, sociais e de governança corporativa, e pelo Carbon Disclosure Project (CDP), uma organização reconhecida mundialmente que ajuda empresas a divulgarem seu impacto ambiental, principalmente relacionado à emissão de carbono.
Na avaliação da XP, o anúncio como um todo é positivo, dado que contempla critérios mais rígidos e específicos, contribuindo para a realização de questionários mais robustos.
Os analistas escrevem ainda que a mudança incentiva a adesão das empresas à agenda ESG e promove o compromisso de companhias brasileiras com a agenda climática global e com os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), evidenciados pelas parcerias externas.
O aumento da credibilidade das empresas melhor posicionadas no ISE também é citado pela XP, uma vez que o peso das companhias na composição da carteira não será mais baseado no seu valor de mercado, mas sim, pelo melhor desempenho ESG.
Desde a criação do índice ISE, em 2006, o Ibovespa apresenta ganhos de 265% até ontem (20), ante valorização da ordem de 289% do ISE no mesmo período.
Fonte: InfoMoney – Acessado em 26/08/2021