A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 (COP26) acontece em Glasgow, na Escócia, e vai até o próximo dia 12 de novembro, mas o impacto dos encontros entre os líderes globais dos setores público e privado começa a ser sentido pelos mercados, sobretudo pelo de commodities. O petróleo Brent fechou em queda de 4% nesta segunda-feira, 3, a 81,2 dólares o barril, enquanto o Wti recuou 4,5%, a 80 dólares o barril. “O ESG está no pescoço do mundo inteiro, e o petróleo nas máximas históricas. Isso é, no mínimo, estranho. O pior dos sentimentos é o de incoerência. Enquanto se aponta para um mundo de menos carbono, o pessoal compra petróleo como se não houvesse amanhã, mas o preço tende a se ajustar nos próximos meses”, diz Alexandre Espirito Santos, economista-chefe da Órama Investimentos.
Nesse cenário de queda, a Petrobras fechou o pregão desta quarta-feira em queda de 4%. Importante lembrar que a crise energética global aumentou a demanda pela commodity, enquanto a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) restringiu a elevação da oferta de petróleo no mercado, o que provocou a subida de preços.
Já a cotação do minério de ferro apresentou um recuo de aproximadamente 20% na última semana. No porto de Qingdao, na China, a commodity é comercializada a 95,7 dólares a tonelada. Além da pressão dos investidores e da sociedade civil pela redução das emissões de carbono, um fator importante a ser levado em conta é a própria redução da demanda por aço na China, que passou a limitar a produção no país em função de uma atividade econômica menor que a esperada. O dia para Vale, Usiminas e CSN foi de contabilizar prejuízos na bolsa. A mineradora fechou em queda de 7,6%, a 66,8 reais a ação, a mínima do ano, enquanto Usiminas e CSN recuaram 5,6% e 4,6%, respectivamente.
Fonte: Veja – Acessado em 11/01/2022