Com o Sistema de Comércio de Emissões de GEE estabelecido pela recente Lei 15.042/2024, o Brasil dá um grande passo em direção à transição para uma economia de baixo carbono. Essa regulamentação traz oportunidades únicas para empresas que desejam se destacar no mercado, ao mesmo tempo em que reduz seus impactos ambientais e alinha suas operações com as exigências globais de sustentabilidade.
O desafio agora é: como começar? A resposta está na construção de um Plano de Descarbonização robusto e estratégico, que combine inovação, redução de custos e benefícios competitivos.
Por Onde Começar a Redução das Emissões?
O primeiro passo é realizar um inventário de emissões de GEE, baseando-se em metodologias reconhecidas, como o GHG Protocol. Esse inventário não apenas identifica as principais fontes emissoras, mas também categoriza as emissões nos Escopos 1, 2 e 3, oferecendo uma visão clara e estratégica para decisões futuras.
Após mapear as emissões, é essencial pesquisar tecnologias e práticas disponíveis para reduzir o impacto ambiental. Algumas soluções comuns incluem:
- Transição energética: Substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis ou eletrificação.
- Eficiência energética: Modernização de processos e equipamentos.
- Energia renovável: Implementação de energia solar, eólica ou outras fontes limpas.
- Prevenção de emissões fugitivas: Programas de manutenção preventiva.
- Economia circular: Redução de resíduos e reaproveitamento de materiais.
Para empresas que já possuem metas de redução ou relatórios de sustentabilidade, este é o momento de integrar esses esforços ao plano de descarbonização, maximizando os resultados.
Como estruturar o Plano de Descarbonização?
Como estruturar o Plano de Descarbonização?
Ao estruturar um Plano de Descarbonização, ferramentas como a Matriz de Impacto e a Curva MACC (Marginal Abatement Cost Curve) são essenciais para priorizar projetos com base em eficiência e viabilidade financeira.
1. Matriz de Impacto
Avalia cada projeto com base em:
- Redução potencial de emissões.
- Complexidade de implementação, considerando custos e desafios operacionais.
2. Curva MACC
Organiza visualmente as ações de descarbonização por:
- Custo por tonelada de CO₂e evitada.
- Potencial de redução de emissões.
Projetos de menor custo e maior impacto imediato são priorizados, enquanto ações mais complexas são planejadas para médio e longo prazo.
Essas ferramentas oferecem um direcionamento claro e prático para empresas que desejam agir rapidamente e de forma eficiente no cumprimento das regulamentações.
Como interpretar a Curva MACC?
Projetos à esquerda da curva são, geralmente, os mais econômicos e eficazes em termos de custo por tonelada abatida. Por outro lado, projetos mais caros, porém necessários a longo prazo, aparecem à direita.
Ao aplicar a Curva MACC, a empresa pode, portanto, tomar decisões estratégicas, focando primeiro em projetos de menor custo e maior impacto imediato, enquanto, ao mesmo tempo, planeja investimentos mais robustos ao longo do tempo.
Com base na metodologia apresentada, um plano estruturado passa, assim, pelas seguintes etapas:
- Inventário de Emissões: Identificação detalhada das emissões da empresa.
- Identificação de Projetos: Pesquisa de tecnologias e estratégias para redução.
- Matriz de Impacto: Avaliação da viabilidade e complexidade de implementação.
- Curva MACC: Análise financeira para priorização de ações com maior custo-benefício.
- Definição de Metas: Criação de metas com base no SBTi (Science Based Targets initiative) ou outros padrões setoriais.
- Plano de Ação e Monitoramento: Implementação e acompanhamento contínuo das reduções.
Vantagens Competitivas do Plano de Descarbonização
Empresas que estruturam e implementam um Plano de Descarbonização obtêm, além disso, benefícios que vão muito além da conformidade regulatória:
- Redução de custos operacionais: Menor consumo energético e aproveitamento de recursos.
- Diferenciação de mercado: Ganho de reputação como líder sustentável no setor.
- Atração de investidores: Interesse de fundos ESG e parceiros comprometidos com a sustentabilidade.
- Mitigação de riscos regulatórios: Evita multas e garante alinhamento com normas futuras.
- Acesso ao mercado internacional: Cumprimento das exigências de carbono neutro, como o DPP (Passaporte Digital de Produto) na Europa.
Por que Agir Agora?
A Lei 15.042/2024 estabelece, de fato, prazos rigorosos para adequação. Empresas que emitirem mais de 10.000 tCO₂e/ano devem, desde já, reportar suas emissões nos próximos ciclos fiscais. Além disso, aquelas acima de 25.000 tCO₂e/ano precisarão compensar emissões fora do limite estabelecido. Para empresas listadas na bolsa ou que declararam metas climáticas, a pressão por transparência e resultados será, com certeza, ainda maior.
Além disso, com incentivos como a distribuição de cotas de carbono e o mercado regulado, quem agir agora estará, sem dúvida, em vantagem competitiva nos próximos anos.
Como a ECOVALOR Pode Ajudar
A ECOVALOR é especialista em estratégias de descarbonização, oferecendo, portanto, soluções completas para empresas que desejam liderar essa transformação:
- Inventários de emissões de GEE: Mapear emissões com precisão, incluindo Escopos 1, 2 e 3.
- Desenvolvimento de Planos de Descarbonização: Priorização estratégica de ações com base na Matriz de Impacto e Curva MACC.
- Ferramentas tecnológicas: Utilização da plataforma ESG Now para monitorar, calcular emissões e gerenciar projetos de forma integrada.
- Capacitação e engajamento: Treinamentos para equipes internas alinharem metas ambientais aos objetivos de negócio.
Com a experiência de nossa equipe, ajudamos empresas a estruturar planos robustos, com ações que vão desde ajustes rápidos até mudanças estratégicas de longo prazo.
Não espere para agir. Afinal, a descarbonização não é apenas uma obrigação regulatória; é, acima de tudo, uma oportunidade de construir um futuro mais sustentável, resiliente e competitivo.
Clique aqui e entre em contato e descubra como podemos acelerar essa transformação em sua empresa.