Num mundo onde a pressão sobre os recursos naturais só aumenta e a preocupação com o meio ambiente se traduz em leis cada vez mais rígidas, a gestão adequada dos resíduos virou assunto estratégico dentro das empresas. A General Motors sabe bem disso.
Em 2012, a montadora destinou para reciclagem 90 por cento de todos os resíduos gerados no processo de fabricação de seus carros mundo a fora, ao invés de enviá-los para aterros. Os louros foram colhidos: a iniciativa gerou receitas de cerca de R$ 2 bilhões, segundo o último relatório de sustentabilidade da empresa.
Tal façanha foi alcançada com a implementação do programa Landfill Free (livre de aterro sanitário, em tradução livre), que visa reduzir a zero o volume de resíduos encaminhados para aterros. A meta é atingir 125 instalações da empresa em todo o mundo até 2020. Falta pouco.
Hoje, 106 unidades já reciclam 100% dos resíduos. Na lista entra de tudo – de sucata de aço e borra de tinta a caixas de papelão e pneus desgastados.
Experiência brasileira
A primeira planta brasileira a consquistar o status livre de aterro, em 2012, foi a de Gravataí, no Rio Grande do Sul, de onde saem modelos como o Celta, Onix e Prisma.
A unidade atua em duas frentes para reduzir o impacto ambiental de suas operações. Primeiro, busca a redução do desperdício. Somado a isso, desenvolve ações que visem à reciclagem e à reutilização dos materiais.
“Uma empresa de manufatura de automóveis gera uma serie de resíduos, alguns com valor, como os retalhos da estamparia, que são disputados a tapas, e alguns de pouco valor, como borra de tinta, um resíduo perigoso, com metal pesado”, explica Nelson Branco, gerente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da América Latina pela GM.
Linha de montagem da GM, em Gravataí: em 2012, unidade zerou o envio de resíduo para aterros
Fonte: Exame (http://goo.gl/P8mwN3)